quarta-feira, 14 de julho de 2010

Distúrbios alimentares                                       
      Distúrbio alimentar (transtorno alimentar) é um termo genérico que significa qualquer alteração na alimentação, em nível psicológico ou metabólico. É uma verdadeira “epidemia” que atinge principalmente adolescentes e adultos. Esses distúrbios são responsáveis pelos maiores índices de mortalidade entre os diversos tipos de transtornos mentaisA anorexia, a obesidade e a bulimia são alguns exemplos de distúrbios alimentares, sobre os quais falaremos detalhadamente.                                                                                                                         
        Bulimia
                                                                                                                                                                     
Essa doença atinge de 3 a 7% da população, principalmente as pessoas que se encontram na fase da adolescência. 90% dos casos são identificados em mulheres. O indivíduo que apresenta essa doença se sente culpado por achar que está acima do peso. As causas desse distúrbio alimentar são: tristezas, depressões, falta de vontade de viver, indecisões, alterações no sono, entre outras. Perda de peso, parada no ciclo menstrual, depressão, irritabilidade são os principais sintomas da bulimia, que faz também com que a pessoa apresente um interesse exagerado em comer, podendo alimentar-se em segredo ou mentir a respeito de comida. Tais atitudes levam a um isolamento da família e também dos amigos. O tratamento consiste em consultas com psiquiatra, pediatra, psicólogo e principalmente com um nutricionista. É um tratamento difícil, demorado e o paciente deve permanecer em acompanhamento após melhora. 
                                                                                                                                                                      
A obesidade 
                                                                                                                                                                    
A obesidade é uma doença crônica, na qual a reserva natural de gordura aumenta até o ponto em que passa a estar associada a certos problemas de saúde ou ao aumento da taxa de mortalidade. É resultado da ingestão alimentar superior ao gasto energético. Pode provocar várias doenças ligadas ao sistema cardiovascular, como aumento da pressão arterial, infarto do miocárdio, AVC (acidente vascular cerebral). A OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que há 300 milhões de pessoas obesas no mundo e que um terço está nos países em desenvolvimento. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a obesidade no Brasil está aumentando e, segundo as pesquisas feitas, existem cerca de 17 milhões de obesos no nosso país. Alguns sintomas: aumento da gordura abdominal e do quadril, aumento do IMC (Índice de Massa Corporal), cansaço exagerado após a realização de tarefas simples do cotidiano, dificuldade para caminhar pequenas ou longas distâncias, entre outros. Profissionais da saúde afirmam que as pessoas com um índice de massa corporal acima de 30 podem melhorar sua saúde ao emagrecer. Felizmente, uma perda de peso de 5 a 10% pode contribuir muito para melhorar a saúde, podendo abaixar o colesterol e a pressão arterial. 
                                                                                                                                                                    
A anorexia
                                                                                                                                                                    
Pessoas com anorexia apresentam peso corporal menor do que o nível normal, já que se submetem a uma rígida e insuficiente dieta alimentar. Cárie dentária, descalcificação dos dentes são algumas das conseqüências desse quadro, que vai se agravando tanto até que a pessoa entra em uma depressão profunda, a qual pode até resultar, inclusive, em suicídio. A anorexia afeta mais as pessoas jovens (entre 15 a 25 anos), principalmente do sexo feminino (95% dos casos). Há notícias de que essa doença aumenta sua porcentagem no meio da moda, uma vez que é exigido das jovens modelos um peso extremamente baixo, por isso algumas aparecem até meio esqueléticas. O tratamento da anorexia continua sendo difícil, pois não há medicamentos específicos que restabeleçam a correta percepção da imagem corporal ou do desejo de perder peso. A orientação de um médico, de um terapeuta ou psicólogo, de um nutricionista e, principalmente, o apoio da família e dos amigos é de essencial importância para que o paciente possa alcançar êxito no seu tratamento e se manter bem durante toda a sua vida.
                         Uma mulher com anorexia
                         Uma mulher com Bulimia

Redação: Felipe Furtado Santos
Pesquisa: Gabriel Teperino Percegoni Figueira
Imagens: Gabriel Teperino Percegoni Figueira
Fonte: http://www.afh.bio.br/digest/digest5.asp

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