Cândido Torquato Portinari foi um pintor brasileiro nascido em Brodósqui, interior de São Paulo, no dia 29 de dezembro de 1903. Ele começou a pintar com 14 anos, quando uma trupe de pintores e escultores italianos que atuava na restauração de igrejas passou por sua cidade e recrutou-o como ajudante.
Com 15 anos Portinari decide aprimorar seus dons e deixa São Paulo para ir estudar na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Durante seus estudos na ENBA, ele começa a se destacar e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa. Tanto que aos 20 anos já participava de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais.
Então surge um interesse no artista por um movimento artístico até então considerado marginal: o modernismo.
Por esse interesse Portinari deixou de ganhar um dos principais prêmios almejados por ele, a medalha de ouro do salão da ENBA.
Só em 1928, quando o pintor prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais que ele finlmente ganha a medalha de ouro e uma viagem pra Europa. Os dois anos que passou vivendo em Paris foram decisivos no estilo que consagraria Portinari.
Lá ele teve contato com outros artistas como Van Dongen e Othon Friesz. A distância de Portinari de suas raízes acabou aproximando o artista do Brasil, e despertou nele um interesse social muito mais profundo.
Em suas obras, o pintor conseguiu retratar questões sociais sem desagradar ao governo e aproximou-se da arte moderna européia sem perder a admiração do grande público. Suas pinturas se aproximam do cubismo, surrealismo e dos pintores muralistas mexicanos, sem, contudo, se distanciar totalmente da arte figurativa e das tradições da pintura. Ele pintou quase cinco mil obras, de pequenos esboços a gigantescos murais.
Foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.
Em 1954 Portinari apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava.
Desobedecendo a ordens médicas, Portinari continua pintando e viajando com freqüência para exposições nos EUA, Europa e Israel. No começo de 1962 a prefeitura de Milão convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas.
Trabalhando freneticamente, o envenenamento de Portinari começa a tomar proporções fatais. No dia seis de fevereiro do mesmo ano, Cândido Portinari morre envenenado pelas tintas que o consagraram.
'Os Retirantes'
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'Auto-Retrato'
GRUPO: Ana Luiza Heidenreich(pesquisa)
Julia Contrigiani(pesquisa e imagens)
Larissa Mautoni(texto)
Nara Castro(pesquisa e texto)
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